O BoE diz que houve acontecimentos “significativos” na política fiscal do país, desde suas projeções anteriores. Em seu comunicado, ele afirma que a incerteza sobre os preços de energia no varejo do Reino Unido caiu em certa medida, após mais intervenções do governo. O BC acredita que deve continuar a haver algum apoio fiscal, limitando mais altas na energia e reduzindo a volatilidade. O apoio à demanda privada em relação às projeções de agosto, porém, pode apoiar mais pressões inflacionárias em serviços e bens exceto energia, aponta.
No comunicado, o BoE também informa que não incorporou mais medidas fiscais que devem ser anunciadas pelo governo em 17 de novembro.
Na avaliação do BoE, as condições financeiras têm apertado de modo “substancial”, reduzindo a atividade no período das previsões. O PIB do país deve recuar “cerca de 0,75%” durante o segundo semestre de 2022, em parte refletindo o aperto na renda real. O mercado de trabalho segue apertado, mas há sinais de que a demanda começa a desacelerar.
O BoE diz ainda que a inflação deve ter pico de cerca de 11% no quarto trimestre de 2022, menos que o projetado em agosto. Já o PIB deve continuar a recuar, ao longo de 2023 e no primeiro semestre de 2024, com preços altos de energia e condições financeiras mais apertadas.
Na projeção central dos dirigentes, a inflação ao consumidor começa a recuar no início do próximo ano. Ela deve cair para abaixo da meta de 2% em dois anos e ficar ainda mais abaixo disso em 3 anos, aponta. Os riscos para as projeções de inflação, porém, são de alta no médio prazo, diz o BoE.