“Sob a perspectiva internacional, o uso do Pix também impressiona, já são mais de 100 transações per capita (transações anuais por habitantes), marca que alguns países que já possuem pagamentos instantâneos há mais de 10 anos ainda não alcançaram”, disse o BC, no documento.
O órgão também destaca que, até o mês passado, o serviço criado pelo BC já tinha sido responsável por mais de 28 bilhões de transações, que movimentaram cerca de R$ 14 trilhões. Desde o lançamento, 130 milhões de pessoas já usaram o Pix, sendo que 64 milhões nunca tinham feito uma TED antes, “o que evidencia como a ferramenta é um vetor para a inclusão financeira”.
Segundo o BC, no final de 2021, o Pix já era o meio de pagamento eletrônico mais usado no país e, em 2022, a quantidade de transações continua crescendo de forma acelerada. Transferências entre pessoas ainda são a maior fatia das transações (67%), mas a autarquia ressalta que os pagamentos de pessoas para empresas ganham relevância a cada mês (foi de 5% para 23% das transações), com o uso do QR Code se popularizando a cada dia (de 6% para 19%).
“O Pix nasceu como o pagamento instantâneo brasileiro, mas hoje, com apenas 2 anos de existência, já é muito mais que isso. Ele possibilita agendamento de transações, pagamentos de contas com vencimento e retirada de dinheiro em espécie”, avaliou o diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do BC, Renato Dias Gomes.
“O ambiente competitivo no qual o Pix está inserido e a infraestrutura provida pelo Banco Central como agente neutro possibilitam um ambiente de maior eficiência, inclusão e redução de custos, impactando positivamente os usuários e, em última instância, a economia brasileira”, completou.
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No documento, o BC destaca que, no topo da lista evolutiva do Pix, está uma função similar ao débito automático. “Essa funcionalidade trará maior facilidade na realização de pagamentos recorrentes, dando maior comodidade aos usuários, reduzindo inadimplência e eliminando a necessidade da realização de convênios bilaterais, como ocorre atualmente no débito em conta, o que proporcionará maior facilidade e redução de custos às empresas recebedoras.”
Além disso, o órgão ainda destacou que outra possibilidade no futuro é a interligação com sistemas de pagamentos de outros países. “O BC vem acompanhando as discussões e iniciativas internacionais nessa direção.”