O fertilizante, que é o item que mais pesa e chega a responder por até um terço do custo operacional da soja e do milho, subiu mais de 100% de janeiro a agosto. Pressionado pelo câmbio, aumento do frete internacional e pela escassez de matéria-prima, o preço do cloreto de potássio, por exemplo, aumentou 140%, o do fosfato monoamônico (MAP) ficou 90% mais caro e o da ureia teve reajuste de 60% neste ano.
“O gasto com os fertilizantes mais usados aumentou o custo operacional em até 35% nas principais regiões produtoras”, diz Natália Fernandes, coordenadora do Núcleo de Inteligência de Mercado da Confederação Nacional de Agricultura (CNA). Ela ressalta que esse aumento é bem significativo e que não há indicações de que o preço do fertilizante vá recuar.
“A despeito desse aumento de custos, a nossa expectativa é de que as margens ainda serão boas em 2022, porém não tão boas quanto foram no passado”, afirma Guilherme Bellotti, gerente da consultoria Agro no Itaú BBA.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.