O economista Alexandre Almeida, da CM Capital Markets, atribui a aceleração do ganho frente o real à influência do exterior, com o dólar subindo em âmbito global e ganhando força com os PMIs de serviços nos EUA melhores que o esperado, que reforçam os sinais de recuperação da atividade no país aumentando expectativas pelo início da retirada de estímulos pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em novembro.
Ele diz que ajuda também a fala do presidente do Fed de Chicago, Charles Evans, que afirmou hoje que está “confortável em pensar que os preços elevados irão diminuir”.
Durante entrevista à CNBC, ele disse que isso deve ocorrer conforme são resolvidos problemas na cadeia de suprimentos. Ainda assim, essa solução pode “demorar um pouco mais do que esperávamos”.
Além disso, Evans repetiu sua avaliação de que o início da redução nas compras de bônus (“tapering”) pode vir “em breve”.
Do lado interno, Almeida comenta que o problema fiscal segue no foco e há muita dúvida ainda em meio das discussões sobre preços de combustíveis, por isso, o espaço para a queda do dólar ante o real é bem limitado.
Há pouco, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, falou sobre a reforma do Imposto de Renda que tramita na Casa. “Não podemos colocar no colo do congresso condição para apelo eleitoral”, afirmou Pacheco.