Por causa da covid-19, o evento ocorrerá de forma híbrida. Apenas uma parte será presencial, no Rio de Janeiro. O número de participantes na sessão pública de apresentação de ofertas será reduzido aos executivos diretamente envolvidos e ao pessoal da organização. Não será permitida a presença de público e imprensa.
Nove empresas se inscreveram para participar da licitação: Petrobras, Chevron, Shell, Total, Ecopetrol, Murphy, Karoon, Wintershall e 3R Petroleum.
Elas vão concorrer por blocos regidos sob o contrato de concessão, no qual as empresas pagam à União um bônus de assinatura pelo direito de explorarem as áreas por um tempo determinado e compensações financeiras aos governos, como royalties, em retribuição ao consumo dos recursos naturais.
No leilão, sairá vencedor quem apresentar o maior bônus de assinatura (80% de peso) e o maior programa exploratório mínimo (20%).
Os bônus variam de R$ 630 mil, na Bacia de Pelotas, a R$ 122,25 milhões, na Bacia de Santos. Esses são os valores iniciais definidos no edital da licitação. Já o PEM determina um mínimo de atividades que a empresa se propõe a realizar no bloco durante a primeira fase do contrato (de exploração), como sísmicas e perfurações de poços.
Nessa rodada, o governo vai disponibilizar ao mercado áreas na Bacia Potiguar que se sobrepõem a uma cadeia de montanhas submarinas inseridas no Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha. Por causa da alta sensibilidade ambiental dessas áreas, o Instituto Internacional Arayara ajuizou pedido de suspensão do leilão.
Uma possível aquisição desses blocos e também de áreas da Bacia de Pelotas pela Petrobras foi questionada pela Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobras (Anapetro) à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O motivo é o mesmo: a sensibilidade ambiental dos projetos.