No cenário mais otimista, a Anfavea espera que 2,219 milhões de carros sejam produzidos, uma alta de 10% em relação ao ano passado.
De acordo com o presidente da associação, Luiz Carlos Moraes, ao contrário de outros anos, quando as previsões de produção são estimadas considerando a demanda e o poder de compra da população, neste ano a Anfavea teve que mudar os cálculos por conta de todas as disfunções na cadeia de produção.
Com falta de peças, a crise mundial de semicondutores que afeta as linhas de montagem e as dificuldades logísticas, como a escassez de contêineres, a percepção da associação é de que há uma demanda reprimida que não está conseguindo ser atendida pela produção.
“Para 2021, imaginamos que há demanda reprimida, negócios já fechados, aguardando entrega do produto. Então não fizemos simulação de mercado. Fizemos o contrário: simulamos limitações da produção a partir da produção, tentamos ver quando será o atendimento ao mercado possível”, disse ele, afirmando que os entraves logísticos dificultam previsões claras e devem ser o principal desafio das montadoras também no próximo ano.
Dessa forma, segundo Moraes, a atual situação de inflação em alta e juros subindo para tentar conter os preços deve afetar o setor mais em 2022 do que neste ano.
A expectativa da Anfavea é de que 2,038 milhões de carros sejam emplacados em 2021, uma queda de 1% em relação a 2020. No cenário mais otimista, a associação espera venda de 2,118 milhões neste ano, alta de 3%.
Até agora, no ano, 1,649 milhão de veículos foram produzidos, uma alta de 24% ante o mesmo período de 2020. E 1,577 milhões foram vendidos (+14,8%).
Só em setembro, 173,3 mil unidades foram montadas (-21,3% ante 2020) e 155 mil foram vendidas (-25,3%). Segundo Moraes, o número de venda de autoveículos atingiu, no mês, o pior patamar desde 2005.