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Petróleo fecha em alta após relato de que EUA não devem liberar reservas

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Estadão Conteúdos

O petróleo fechou em alta nesta quinta-feira após relatos de que os Estados Unidos não devem liberar suas reservas estratégicas da commodity para segurar os preços no mercado internacional. Além disso, o dia foi de apetite por ativos de risco devido ao alívio de investidores com uma solução provisória para o impasse sobre o teto da dívida americana.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do WTI para novembro subiu 1,12% (+US$ 0,87), a US$ 78,30 o barril. O Brent para dezembro, por sua vez, avançou 1,07% (+US$ 0,87), a US$ 81,95 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

No começo da sessão, a commodity energética caía, mas esse movimento se inverteu assim que começou a circular entre operadores uma reportagem da Bloomberg segundo a qual o Departamento de Energia dos EUA (DoE, na sigla em inglês) recuou da sinalização de que poderia liberar petróleo bruto no mercado.

Na quarta, a secretária de Energia do país, Jennifer Granholm, havia dito em evento do Financial Times que havia essa possibilidade. De acordo com a agência de notícias, o governo americano informou que também não avalia “neste momento” vetar exportações do óleo.

“Se os EUA liberarem reservas estratégicas para o mercado, isso certamente será um passo de curto prazo para aliviar o atual mercado apertado, que tem sido a principal causa do aumento do preço do petróleo nas últimas semanas”, comentou no começo do pregão a analista Louise Dickson, da Rystad Energy.

A consultoria norueguesa frisou que a crise energética já havia estimulado a China a liberar volumes de sua reserva estratégica de petróleo. “Um esforço coordenado, ou não coordenado, mas simultâneo dos EUA e da China, pode ter um impacto de curto prazo no mercado”, disse a analista. Dickson, contudo, lembrou que uma oferta maior no mercado só viria com uma decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+).

Enquanto isso, em Washington, o líder do Partido Democrata no Senado, Chuck Schumer, confirmou o acordo com a oposição para elevar o teto da dívida até dezembro e evitar um calote do país, que poderia desencadear uma crise financeira e causar uma recessão econômica.