“O leilão demonstra mais uma vez a continuidade de nossos investimentos no Brasil, que já responde por 13% da produção mundial de óleo e gás da empresa”, afirmou o presidente da Shell Brasil, André Araujo, em comunicado após o leilão.
Na produção de petróleo e gás, ela já está na frente das concorrentes estrangeiras. É a segunda maior produtora de petróleo no Brasil, só atrás da Petrobras. Extrai 466 mil barris de óleo equivalente por dia (boe/d), comparados aos 2,8 milhões da estatal. Essa dianteira foi assumida em 2018, com a compra da britânica BG, líder mundial em gás natural. O gás está no centro da estratégia da petrolífera anglo-holandesa para fazer frente à transição energética. A Shell usará boa parte do gás que vai extrair do pré-sal como insumo nas usinas térmicas em construção em Macaé (RJ) – um projeto de R$ 2,5 bilhões desenvolvido com a Mitsubishi Hitachi Power e o Pátria Investimentos, operador da usina.
A visão de especialistas é de que, ao adquirir as áreas no leilão de ontem, a Shell confirmou seu projeto de integrar seus ativos no País. Isso porque os cinco blocos arrematados são próximos de outros comprados em leilões anteriores. Na Bacia de Santos, está localizado seu maior projeto no Brasil – o campo de Libra, no pré-sal, operado pela Petrobras. Ela ainda possui outros 11 ativos na região.
“Nossa experiência acumulada em Santos nos dá uma vantagem competitiva. Com o conhecimento acumulado em dez anos ou mais, fizemos uma análise técnica e econômica que nos levou à direção a que a gente foi e a testar uma área ainda pouco explorada no Brasil”, afirmou o vice-presidente da Shell Brasil, Cristiano Pinto, em entrevista à agência de notícia Epbr, após o leilão.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.