O índice DXY, que mede a variação do dólar ante uma cesta de seis pares fortes, avançou 0,26%, aos 94,316 pontos. No fim da tarde em Nova York, o euro recuava a US$ 1,1560, a libra cedia a US$ 1,3609 e o dólar tinha alta a 113,35 ienes.
O status de reserva de segurança de investidores do dólar beneficiou a moeda americana hoje, em meio a uma sessão de baixo apetite por risco em Wall Street, que ainda operou com o mercado de Treasuries fechado por conta do feriado de Columbus Day nos EUA.
A crise energética na Europa e na China, gargalos na cadeia produtiva global e o avanço inflacionária em economias desenvolvidas colocam em risco o crescimento da atividade, o que favorece o dólar como porto seguro do mercado.
Esta tendência deve se manter no futuro próximo, de acordo com a Capital Economics. A consultoria britânica prevê que a divisa americana seguirá em ritmo de valorização contínua e lenta, com a moderação dos níveis de atividade global após o impulso que seguiu a crise do coronavírus, e também reagindo ao posicionamento mais hawkish do Fed. Na próxima quarta-feira (13), a entidade divulgará a ata da sua última reunião de política monetária.
Na Europa, o destaque do dia ficou por conta de falas de dirigentes do Banco Central Europeu (BCE), entre eles o economista-chefe Philip Lane. Ele adotou tom otimista ao falar de um possível impacto da cepa delta do coronavírus à economia da zona do euro, mas advertiu para as recentes altas nos preços do setor de energia no bloco monetário, em meio à forte alta do petróleo e a escassez no suprimento de gás natural europeu, cujos preços atingiram recorde histórico recentemente.