No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 113,58 ienes, o euro recuava a US$ 1,1535 e a libra tinha baixa a US$ 1,3590. O índice DXY, que mede a variação da moeda dos EUA contra seis rivais, registrou ganho de 0,21%, a 94,516 pontos.
“O dólar se manteve amplamente estável, já que as preocupações com o crescimento global e a inflação mantiveram o caráter de porto seguro bem apoiado”, comenta o analista de mercado Joe Manimbo, da Western Union.
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) americano deve subir 0,3% em setembro, em relação a agosto, de acordo com a mediana das estimativas do Projeções Broadcast, em ritmo igual ao registrado no mês anterior. No entanto, o núcleo do indicador, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, deve mostrar aceleração, de 0,1% em agosto para 0,2% em setembro.
O dado vem no momento em que uma crise energética global, causada por restrições de oferta, alimenta temores de pressão inflacionária no mundo.
“Embora a força do dólar tenha se mostrado seletiva, ela permanece apoiada por ações instáveis e preocupações com a alta dos preços do petróleo, que agrava os ventos contrários à recuperação global”, diz Manimbo.
Em discurso hoje, o presidente da distrital de Atlanta do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Raphael Bostic, disse que os gargalos de oferta, que pressionam os preços para cima, podem durar mais do que o previsto.
O vice-presidente do Fed, Richard Clarida, por sua vez, afirmou que o “progresso substancial” em direção à meta de máximo emprego, pré-requisito para o início da redução gradual das compras de ativos, está “quase completo”. A previsão do mercado e dos analistas, em geral, é de que o BC dos EUA anuncie o processo chamado de tapering em novembro.
“No passado, esse tapering levou a mais ganhos do dólar e acreditamos que essa dinâmica continuará a ocorrer nas próximas semanas”, afirmam analistas do TD Securities.