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Bolsas de NY fecham em alta, impulsionadas por balanços e de olho em Fed e dados

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Estadão Conteúdos

As bolsas de Nova York fecharam em forte alta nesta quinta-feira, impulsionadas por balanços corporativos de grandes empresas americanas, que superaram a expectativa do mercado. Em segundo, foram monitorados dados de emprego e inflação ao produtor nos Estados Unidos, além de comentários de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

O índice Dow Jones avançou 1,56%, aos 34.912,56 pontos, o S&P 500 subiu 1,71%, aos 4.438,26 pontos, e o Nasdaq ganhou 1,73%, aos 14.823,43pontos.

Operadores analisaram os resultados trimestrais de grandes empresas americanas. Entre instituições financeiras, Bank of America, Morgan Stanley e Citigroup informaram crescimento considerável no lucro líquido no terceiro trimestre, ante igual período de 2021, todos acima das expectativas, e suas ações tiveram altas robustas. Apenas o papel do Wells Fargo sofreu baixa, de 1,61%, diante do recuo na receita do banco.

A UnitedHealth (+4,18%) também se destacou positivamente nesta quinta, após o lucro e a receita do terceiro trimestre da empresa superarem as estimativas do mercado. No setor de saúde, outro destaque foi a Moderna, cuja ação avançou 3,23% após o Food and Drug Administration (FDA, a Anvisa dos EUA) recomendar uma terceira dose da vacina contra a covid-19 da farmacêutica a idosos.

Ainda entre ações específicas, a da Microsoft subiu 2,17%, em linha com outros papéis do setor de telecomunicações. O LinkedIn, rede social da big tech voltada ao mercado de trabalho, informou nesta quinta que deixará de operar na China. Já a Delta Airlines disse que obteve seu primeiro lucro sem subsídio após a crise do coronavírus, e o papel da companhia aérea teve alta de 0,39%.

Com o noticiário corporativo cheio, comentários de dirigentes do Fed ficaram em segundo plano durante o pregão desta quinta. Dentre eles, o chefe da distrital de Atlanta do BC, Raphael Bostic, disse que é inadequado definir o nível de inflação atual como “breve”. Outro a expressar preocupação com a trajetória dos preços nos EUA foi o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, que disse não ter certeza de que o núcleo da inflação – que exclui setores voláteis como alimentos e energia – vai moderar nos próximos seis meses.

Já a presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, afirmou que a entidade está em posição para reduzir o volume de suas compras de bônus, mas não para elevar a taxa de juros, enquanto o líder da distrital de Richmond, Thomas Barkin, reforçou o compromisso de começar o tapering em breve, algo já dado como certo pelo mercado, especialmente após a divulgação da ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) na quarta.

Também foram monitorados dados macroeconômicos dos EUA, incluindo o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês), que avançou 0,5% entre agosto e setembro, 0,1 ponto porcentual abaixo do esperado. Já o número de pedidos por auxílio-desemprego recuou 36 mil na semana passada, a 293 mil, abaixo da estimativa de analistas.