O novo empreendimento fica na cidade paulista de Santa Bárbara d’Oeste. Ao todo, são 75 unidades, das quais 35 foram vendidas em apenas 20 dias.
As casas têm dois dormitórios e área de 47,5 m², com valores a partir de R$ 200 mil, dentro do programa Casa Verde e Amarela, antigo Minha Casa Minha Vida. O empreendimento deve movimentar cerca de R$ 15 milhões em vendas.
Esse foi o primeiro projeto lançado com a marca da Alea, startup de negócios criado pela Tenda para desenvolver a construção em woodframe – modelo com uso intensivo de madeira, muito comum no Canadá, nos EUA e na Europa.
“Esse nível de vendas mostra que tivemos uma boa aceitação”, avalia o diretor executivo da Alea, Marcelo Melo. “Estamos na fase de projetos-piloto, testando e aprendendo para começar o ramp up (expansão do projeto) a partir de 2023.”
O próximo lançamento será um conjunto de 168 casas em Iperó, cidade de 40 mil habitantes também no interior de São Paulo. Outros dois empreendimentos já haviam sido lançados em Mogi das Cruzes e Leme, somando 99 unidades – das quais mais de 60% vendidas numa faixa entre R$ 140 mil e R$ 180 mil, dentro do programa popular habitacional.
A companhia está testando a aceitação do consumidor em relação às casas de madeira, ao preço e ao nível dos condomínios. Em Santa Bárbara d’Oeste, por exemplo, o padrão foi mais alto, com condomínio fechado, casas térreas, não geminadas e rodeadas de alamedas arborizadas.
Segundo a construtora, a nova tecnologia é muito mais do que uma “casa de madeira”. O formato cria uma parede composta por quatro elementos: na parte estrutural, o painel tem pilares de pinus de reflorestamento; o “recheio” é feito com cimento, gesso e uma membrana que faz com que a umidade saia da casa, mas não a deixe entrar. Além disso, segundo a Tenda, os materiais usados garantem conforto acústico e térmico.
PERSPECTIVAS
O volume de negócios ainda é tímido perto do que a Tenda vislumbra. O crescimento virá por meio da sua fábrica própria, recém ativada em Jaguariúna (SP), a 125 quilômetros de São Paulo. É de lá que saem vigas, pilares, paredes e outros elementos de madeira pré-moldados que são levados para montagem nos canteiros.
Com a industrialização, a expectativa é de que cada obra leve aproximadamente 14 meses – cerca de metade de um empreendimento de mesmo porte erguido em alvenaria estrutural. Por enquanto, o processo de fabricação ainda demanda etapas manuais que impedem a Alea de funcionar a todo vapor.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.