A rodada agora anunciada foi liderada pela gestora Kaszek e teve participação também de Chromo Invest, GFC, sócios da Atmos Capital, Allievo e Endeavor Scale-up Ventures. Até então, a startup havia recebido um total de US$ 11,1 milhões (cerca de R$ 61 milhões na cotação atual) em investimentos.
Inspirada na norte-americana Invisalign, a SouSmile usa tecnologia no desenvolvimento dos aparelhos e nos processos relacionados ao atendimento. Como no caso da múlti americana, os alinhadores dentais são criados a partir de imagens 3D geradas pelo escaneamento da boca do paciente – os casos são monitorados para prever a sequência de movimentação dos dentes em cada etapa do tratamento.
Além de automatizar a fabricação dos aparelhos, a startup tem uma plataforma com sistema de agendamento para pacientes e gestão de clínica para dentistas. “A SouSmile investe em tecnologia desde o começo para melhorar a experiência do cliente e garantir qualidade da entrega em escala”, afirmou, ao Estadão, o português Michael Ruah, cofundador e presidente executivo da startup.
Sem Intermediário
Ao contrário do modelo da Invisalign, que tem dentistas parceiros que atuam em seus próprios consultórios, o contato da SouSmile é direto com o paciente. Para realizar os atendimentos, a startup tem seis clínicas próprias em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte – ao todo, são 25 dentistas parceiros. Os pacientes são atendidos inicialmente pelo site da SouSmile.
Com os novos recursos, um dos planos é ampliar a rede de dentistas, afirma Ruah. A meta é chegar a 200 profissionais no ano que vem. Para isso, a startup investirá em fortalecimento de marca e novos produtos, como alinhadores que funcionem para um número maior de casos.
O aparelho invisível da startup custa hoje cerca de R$ 4,2 mil – menos da metade do que é cobrado por um tratamento da Invisalign. O preço praticado pela SouSmile se assemelha ao de outra brasileira que tenta ganhar o mercado de aparelhos “invisíveis”: as versões da startup Smilink saem hoje por cerca de R$ 4,1 mil.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.