Gustavo Previatto, de 32 anos, é um exemplo dessa mudança provocada pela revolução tecnológica. Formado em Matemática, ele tinha planos de fazer mestrado e se tornar pesquisador ou professor da matéria. Mas sua vida tomou outros rumos quando conseguiu um estágio no Itaú. Ali, teve o primeiro contato com o mundo de tecnologia e dados.
O interesse pelo assunto o levou a estudar mais sobre esse universo. Sozinho, pesquisou materiais disponíveis na internet, aprendeu a programar e conseguiu um trabalho na Empiricus como analista de BI (inteligência de negócios). Hoje, é especialista em “machine learning” – profissional que programa, desenvolve e “treina” máquinas com capacidade de aprenderem de forma autônoma. “Valeu muito a pena mudar de carreira. Eu gosto e pagam bem”, diz Previatto.
Uma característica comum desses profissionais é o desapego e a facilidade em mudar estratégias e o rumo do trabalho. A cientista de computação Daniela Canuta, de 32 anos, pretendia fazer um mestrado, mas largou tudo e foi fazer um curso de big data. Hoje, ela trabalha na startup Olívia como engenheira de inteligência artificial e de “machine learning”. “Essa é a profissão do futuro, pois quase tudo a máquina consegue fazer. Hoje, o dado é o novo ouro, mas você precisa agregar contexto a ele.”
Maurício Batista, de 29 anos, sabe bem o que é isso. Formado em Engenharia Civil, hoje ele trabalha na análise de dados para resolver problemas das empresas. Ele trabalhou três anos na área de construção civil, com projetos e construção de estações de água. Com a crise do setor, ele migrou para a área de consultoria de negócios e, hoje, está na Neon na área de operação de negócios.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.