Para ele, o ajuste de baixa frente o real acompanha a queda predominante do dólar ante moedas emergentes nesta manhã no exterior em meio a um leve apetite por ativos de risco, que apoia ganhos das bolsas americanas.
O economista avalia que o abandono do teto de gastos pelo governo já foi precificado e agora, o mercado avalia em quanto pode ficar o extrateto, mas espera que em algum momento o excesso de gasto atual pode ser corrigido no próximo governo. “Os próximos governos tendem a tomar medidas para conter a tendência de piora das contas públicas”, acredita.
Ele destaca a queda também hoje do risco Brasil, que ajuda no alívio da taxa de câmbio. O CDS do Brasil de cinco anos estava em leve queda a 222 pontos-base por volta das 11 horas, após subir 6% na sexta-feira a 224 pontos-base ante quinta.
Na sexta-feira, o CDS de cinco anos acumulava alta de quase 10% em outubro e de cerca de 59% neste ano até 22 de outubro, enfatizou.
Para Velho, no entanto, um Copom mais agressivo nesta quarta-feira, com elevação de 150 pontos-base da Selic, pode não ser suficiente para voltar a atrair investidores estrangeiros ao País, porque os “gringos” não olham apenas o juro real, mas os fundamentos fiscais e políticos também, que continuam nebulosos.