O índice Dow Jones teve ganhos de 0,18%, aos 35.741,15 pontos, o S&P 500 avançou 0,47%, aos 4.566,48 pontos, e o Nasdaq teve alta de 0,90%, aos 15.226,71 pontos.
A Tesla esteve entre as principais catalisadoras dos ganhos em Wall Street neste primeiro pregão da semana. A ação da montadora disparou 12,66%, após a Hertz, uma locadora de veículos dos EUA, anunciar a encomenda de 100 mil veículos da Tesla para a sua frota até o fim de 2022, em negócio avaliado em cerca de US$ 4,2 bilhões.
Além disso, o Model 3 da montadora foi o carro mais vendido na Europa no mês passado. Com a companhia dominando globalmente o segmento de veículos elétricos, investidores começam a acreditar que o rali da ação da Tesla não deve acabar tão cedo, segundo a avaliação de Edward Moya, analista da Oanda. Como indício disto, ele cita o aumento do preço-alvo do papel da empresa pelo analista do Morgan Stanley Adam Jonas, de US$ 900 para US$ 1,2 mil.
Com o noticiário favorável e os resultados positivos, a Tesla se tornou a quinta empresa dos EUA a ter valor de mercado igual ou superior a US$ 1 trilhão, atrás apenas de Microsoft, Apple, Amazon e Alphabet, companhia controladora do Google.
Entre outras ações que se destacaram nesta segunda-feira, a da Moderna subiu 7,05%, após a companhia informar que sua vacina contra a covid-19 foi eficaz e segura em testes clínicos realizados com crianças de seis a 11 anos. Já petroleiras, como Chevron (+0,93%) e ExxonMobil (+1,95%), subiram à medida que o petróleo estendeu ganhos no mercado futuro na maior parte do dia.
A temporada de balanços corporativos segue no foco do mercado acionário. Nesta segunda, a Restaurant Brands International reportou lucro líquido acima do previsto, mas receita abaixo do esperado, e sua ação terminou em baixa de 5,04%. Após o fechamento das bolsas, o Facebook (+1,26%) também informou seu desempenho no trimestre passado.
Apesar da temporada de balanços estar impulsionando as bolsas nas últimas semanas, a Capital Economics afirma que o futuro para os índices é de menor apetite por risco, diante da escalada recente dos juros dos Treasuries, que não deve cessar diante do movimento de compensação por conta da alta inflação nos EUA. “Embora não esperemos um tombo do mercado de ações nos EUA, duvidamos que ele permanecerá tão resiliente em face do aumento dos rendimentos dos Treasuries quanto nas últimas semanas”, diz a consultoria britânica.
Quanto ao noticiário político, a Casa Branca informou nesta segunda que deixará de proibir viagens internacionais aos EUA a partir de 8 de novembro, dia em que colocará em prática novas regras que permitem a entrada de viajantes completamente vacinados contra a covid-19.
Já o presidente Biden defendeu sua agenda de investimentos durante a tarde, enfatizando seu papal para o combate da crise climática. Segundo a CNN, o senador democrata Joe Manchin deu seu apoio à proposta de gastos de US$ 1,75 trilhão da Casa Branca, após reunião com o mandatário americano.