Mas Nehme diz que o ajuste é moderado e o patamar do dólar ainda está alto, porque o investidor está esperando para ver a postura do Banco Central no aumento da Selic.
“O BC tem sido muito tímido e andado atras da curva de juros, enquanto a inflação não dá trégua e tende a continuar persistente em meio a expectativas de novos aumentos dos combustíveis e energia elétrica”, declarou a fonte. Não se consegue resgatar erros do Copom do passado, ele afirma. “As altas de preços devem por si só inibir o consumo, é um o antídoto à escalada ainda maior da inflação, mas gera pressão de baixa na atividade econômica”, avalia.
Sua visão é de que uma elevação hoje de 1,5 ponto porcentual não é agressiva no contexto atual e o Copom deveria subir a Selic em 2 pontos, no mínimo, para ter efeito de conter as expectativas de inflação. “Se elevar a Selic em dois pontos, abriria o caminho para nova alta maior, mostrando uma atitude melhor”, avalia.