O índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de seis rivais, fechou em baixa de 0,16%, aos 93,802 pontos. No fim da tarde em Nova York, o euro subia a US$ 1,1605, o dólar recuava a 113,77 ienes e a libra cedia a US$ 1,3739.
Entre a madrugada e a manhã de quinta-feira, o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) e o Banco Central Europeu (BCE) devem divulgar suas decisões de política monetária, e é esperado que ambas as instituições não promovam mudanças em seus instrumentos este mês. Enquanto o BCE deverá resistir à pressão para apertar sua política monetária, o BoJ não vê razão para diminuir a acomodação em meio à inflação baixa e a dias das eleições para primeiro-ministro no Japão.
Ainda entre autoridades monetárias, o Banco do Canadá (BoC, na sigla em inglês) decidiu manter a taxa de juros em 0,25% e terminar com o seu programa de relaxamento quantitativo, adotando posição “muito mais hawkish do que o esperado”, segundo o Wells Fargo. A notícia deu tração à divisa do país, e o dólar recuava a 1,2361 dólares canadenses no período citado.
A libra, no entanto, não seguiu a tendência de outras moedas de países desenvolvidos e se enfraqueceu durante toda a sessão. O foco de investidores britânicos esteve na revisão das projeções do governo do Reino Unido para o crescimento da economia do país em 2021 e 2022. Para este ano, a projeção subiu de alta de 4% para 6,5%, mas a do ano que vem foi cortada de avanço de 7,3% para 6%.
A fraqueza do dólar hoje contraria o movimento recente da divisa, que deverá se estender por mais tempo em meio à mudança para um posicionamento mais hawkish pelo Federal Reserve (Fed), avalia a Capital Economics. Na semana que vem, o BC americano deve anunciar o início do seu processo de retirada gradual dos estímulos monetários, conhecido como tapering.
Diferente do confronto com moedas fortes, o dólar se valorizou ante a maioria das divisas emergentes hoje, em especial com a de países exportadores de petróleo, como a África do Sul e a Rússia, em meio à queda da commodity no mercado futuro. Por volta das 16h50 (de Brasília), o dólar subia a 70,675 rublos russos e a 15,0934 rands sul-africanos.
Entre indicadores, a queda – ainda que abaixo do esperado – das encomendas de bens duráveis nos EUA em setembro ante agosto colocou mais pressão sobre o dólar durante a manhã.