Divulgado nesta quinta-feira, 15, pela Abraciclo, a entidade que representa o setor, o número corresponde a um crescimento de 17,9% sobre o total produzido no mesmo mês do ano passado. Na margem – ou seja, de julho para agosto -, a alta foi de 39,2%.
Desde abril de 2014, quando 146,9 mil motocicletas foram produzidas no Brasil, não se registrava volume tão alto. O bom desempenho da indústria de motocicletas é puxado pela expansão dos serviços de entrega (delivery), junto com a demanda por veículos financeiramente mais acessíveis. Além dos preços mais baixos, as motos são mais econômicas no consumo de combustível do que os carros.
No acumulado do ano, a produção chegou a 921,9 mil motocicletas, 17% acima dos oito primeiros meses de 2021 e melhor resultado, entre iguais períodos, em oito anos.
Ao comentar o balanço, o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, disse que a melhora de oferta, depois da forte produção de agosto, deverá ter reflexos nas vendas no varejo em setembro. “O consumidor quer um veículo ágil, econômico, com preço acessível e baixo custo de manutenção. A motocicleta se encaixa perfeitamente nessas exigências”, afirmou.
Pela previsão da Abraciclo, o ano deve terminar com 1,32 milhão de motos produzidas, o que representará, se a projeção for confirmada, uma alta de 10,5% sobre 2021. No mês passado, as vendas no varejo, de 118,5 mil motocicletas, subiram 15,7% no comparativo com agosto de 2021, enquanto as exportações (7,8 mil unidades) tiveram alta de 39,2%.