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Alta do emprego deve desacelerar mais e reduzir pressão sobre salários, diz Fed

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Estadão Conteúdos

Os dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) consideram que, com condições financeiras mais apertadas e uma moderação no avanço da demanda agregada, o crescimento do emprego “deve desacelerar mais adiante”. Segundo eles, isso deve ajudar a equilibrar melhor a demanda e a oferta por trabalho, além de reduzir as pressões de alta sobre o salários nominais, o que por sua vez ajudará a inflação à retornar à meta de 2%. A avaliação está na ata da mais recente reunião de política monetária do Fed, publicada no período da tarde desta quarta-feira, 17.

Para vários dos dirigentes, a moderação nas condições do mercado de trabalho pode demorar mais, em comparação com a desaceleração na atividade econômica.

Os dirigentes consideram que essa moderação nas condições do mercado de trabalho deve incluir um recuo no número de vagas abertas, bem como uma “elevação moderada no desemprego, da taxa bastante baixa atual”.

A ata ainda aponta que dois dos dirigentes disseram na reunião que as empresas estão interessadas em manter pessoal, um fator que pode limitar a alta nas demissões associada à desaceleração no mercado de trabalho.

Na avaliação do Fed, os ganhos de empregos “seguem robustos nos últimos meses”, com a taxa de desemprego continuando em nível baixo, enquanto a inflação segue “elevada”.

Para os dirigentes, o mercado de trabalho continua forte, com taxa de desemprego “muito baixa” e um crescimento elevado do salário nominal.

Segundo o BC americano, muitos dirigentes comentaram que há sinais preliminares de uma desaceleração na perspectiva para o mercado de trabalho, entre eles altas nos pedidos de auxílio-desemprego, redução nos níveis de demissão e cargos vagos, crescimento menor da geração de vagas que mais cedo neste ano e relatos de menos contratações em alguns setores. O crescimento do salário real, porém, segue “forte” segundo uma série de medidas, diz a ata.