Mais de 90% dos produtos da empresa, como iPhones, iPads e laptops MacBook, são fabricados na China por terceiros, segundo analistas. A forte dependência da Apple no país é um risco potencial por causa do governo autoritário de Pequim e seus confrontos com os Estados Unidos. Situação que foi colocada ainda mais em dúvida após Pequim se abster de criticar a Rússia por sua invasão da Ucrânia e executar bloqueios em algumas cidades para combater a covid-19.
Os bloqueios em Xangai e outras cidades como parte da política anticovid da China causaram gargalos na cadeia de suprimentos para muitas empresas ocidentais. A Apple alertou, em abril, que o ressurgimento do vírus ameaça prejudicar as vendas em até US$ 8 bilhões no trimestre atual. Quedas de energia no ano passado também danificaram a confiabilidade da China.
Por outro lado, pessoas do setor afirmam que muitas das razões pelas quais a Apple mantém a China como seu centro de fabricação permanecem: uma força de trabalho bem treinada, custos baixos em relação aos EUA e uma rede intrincada de fornecedores de peças. Contatos ligados a Apple disseram que a empresa vê a Índia como o lugar mais próximo da próxima China para estabelecer seus negócios, devido à grande população e baixos custos.