Em relação a março deste ano, houve crescimento real de 17,60% no recolhimento de impostos. O valor arrecadado no mês passado foi o maior para meses de abril da série histórica, que tem início em 1995.
O resultado das receitas veio dentro do intervalo de expectativas das instituições ouvidas pelo Projeções Broadcast, que ia de R$ 179,361 bilhões a R$ 199,248 bilhões, e acima da mediana, de R$ 187,884 bilhões.
Composição
O Fisco destacou o crescimento real de 21,5% da arrecadação do Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) em abril, devido ao desempenho da estimativa mensal.
Também houve crescimento de 32,5% no recolhimento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), especialmente nas operações de crédito e em títulos ou valores mobiliários.
A Receita apontou ainda a alta de 61,9% na arrecadação do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) Capital, em função do aumento dos rendimentos dos fundos e títulos de renda fixa.
Por outro lado, em abril houve perda de receitas com as reduções das alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do PIS/Cofins sobre combustíveis.
Acumulado
No acumulado do ano até abril, a arrecadação federal somou R$ 743,217 bilhões, também o maior volume para o período da série histórica.
O montante ainda representa um avanço real de 11,05% na comparação com os primeiros quatro meses de 2021.
Desonerações
As desonerações concedidas pelo governo resultaram em uma renúncia fiscal de R$ 29,492 bilhões no primeiro quadrimestre deste ano, valor maior do que em igual período do ano passado, quando ficaram em R$ 24,482 bilhões.
Apenas no mês de abril, as desonerações totalizaram R$ 10,160 bilhões, também acima do registrado em abril do ano passado (R$ 7,196 bilhões).