Essa transição de marcas de um atacarejo para outro, porém, é uma das reformas mais baratas. Em média, gasta-se R$ 10 milhões e a expectativa é de que o mesmo espaço passe de R$ 23 mil em vendas por m², para R$ 35 mil. O Assaí, principal concorrente do Atacadão, também está numa fase de modernização de lojas, tendo inaugurado as primeiras conversões de lojas do Extra.
Para turbinar o visual das lojas, o CEO do Carrefour Brasil, Stephane Maquaire, garante que a mudança não se tratou apenas de trocar a cor vermelha pela laranja na fachada. A operação foi transportada para um modelo de custos bem definido, com corredores mais largos, wi-fi para os clientes, além de incorporar facilidades como balanças na boca dos caixas – o que evita filas na área de hortifrúti -, e pagamento via Pix.
As lojas também vão passar a oferecer cerca de 10 mil produtos. Antes, o Maxxi trabalhava com 6 mil itens. Também é um movimento já visto no Assaí, que incorporou até seção de vinhos às lojas.
A vantagem é que essas melhorias não envolvem mudanças estruturais, o que permite que a loja fique aberta durante a maior parte do processo. Em junho, a companhia informou ao mercado que, para trocas de bandeiras, eram necessários apenas três dias de fechamento.
Maquaire diz que, apesar dos serviços oferecidos hoje nos atacarejos deixarem a operação das lojas um pouco mais caras, o aumento de vendas projetado tem a capacidade de diluir esses custos.
Ao todo, o Carrefour herdou do Big 58 atacarejos. Nessa primeira leva, 38 vão mudar para a bandeira do Atacadão.
Sobre possíveis conversões de suas lojas de hipermercados Carrefour para o “formato vencedor do Atacadão”, Maquaire afirma que o grupo está atento a essas oportunidades, mas que hoje o foco está em realizar a conversão das lojas adquiridas.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.