Segundo ele, os preços dos alimentos têm avançado mais do que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês). Como os mais pobres gastam uma parcela maior de sua renda com comida, isso se traduz em um impacto proporcionalmente maior nesse segmento da população.
O Banco Mundial projeta que uma elevação de 1% nos preços dos alimentos pode lançar 10 milhões de pessoas na pobreza extrema no mundo.
Segundo a instituição, a insegurança alimentar neste momento cresce mais rápido nos países de renda média, mas obviamente os de baixa renda também estão entre os afetados.
Kristalina Georgieva, por sua vez, destacou a alta nos preços de alimentos e também de fertilizantes. “Nós também sabemos que uma crise alimentar pode provocar distúrbios sociais”, afirmou.
Segundo ela, é crucial haver ações “rápidas e coordenadas” para manter o comércio global, apoiar famílias vulneráveis e garantir “suprimentos agrícolas significativos”, além de reduzir pressões financeiras.
A diretora-gerente do FMI lembrou que a entidade cortou projeções para o crescimento econômico global, e complementou: “Em termos humanos, renda está caindo e dificuldades aumentando”.
Ela disse ainda que a entidade, o Banco Mundial e outros organismos, como a Organização das Nações Unidas, estão se unindo ao esforço para ajudar a enfrentar a insegurança alimentar global, nesse contexto.