“No Brasil, a incerteza crescente sobre a política fiscal em 2022 devido às mudanças propostas ao teto dos gastos nesta semana provavelmente vai exacerbar a avaliação do Copom sobre os riscos de alta para a inflação na reunião de quarta-feira”, escrevem os analistas do Barclays Roberto Secemski, Alejandro Arreaza, Pilar Tavella e Nestor Rodriguez.
Segundo o banco, novas mudanças fiscais teriam o potencial de elevar a projeção de Selic terminal. O Barclays nota que o pedido de demissão do secretário especial de Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, e do secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, tem aumentado as preocupações acerca de novas “derrapadas fiscais” durante a tramitação da PEC dos precatórios no Congresso.
“A possível extensão do Auxílio Emergencial que termina neste mês e pressões crescentes por subsídios de combustíveis a caminhoneiros em meio a ameaças de greves nacionais pode aumentar o nervosismo do mercado”, afirmam.