“O Comitê espera que o processo desinflacionário tenha início a partir das medidas tomadas e perseguidas de forma decisiva para a sustentabilidade dos preços e da estabilidade financeira”, destaca, em referência ao pacote de políticas adotada pelo governo para enfrentar o quadro.
O BC turco acrescenta que monitora o efeito acumulado das decisões monetárias e que, para criar um fundação de estabilidade de preços, realiza uma abrangente revisão de sua política, com objetivo de contribuir para “liralização” da economia – isto é, encorajar maior uso da moeda nacional como reserva para a população.
A instituição se compromete a usar todos os instrumentos disponíveis para retornar a inflação à meta de 5% – em janeiro, o índice de preços ao consumidor (CPI) subiu à taxa anual de 48,69%. O contexto levou a Fitch a rebaixar o rating da Turquia, de BB- para B+, na semana passada.
“A estabilidade do nível geral de preços promoverá a estabilidade macroeconômica e financeira por meio da queda do prêmio de risco país, da continuação da reversão da substituição cambial, da tendência de alta das reservas cambiais e da redução duradoura dos custos de financiamento”, assegura o BC.
O Banco Central turco é alvo de desconfianças nos mercados desde que promoveu um ciclo de cortes de juros no ano passado, sob influência do presidente do país, Recep Tayyip Erdogan. O líder se opõe ao aperto monetário como instrumento de estabilização da inflação.