Novamente, o Copom apontou dois riscos de alta para a inflação e as expectativas e dois pontos de baixa. Entre os que pressionam os preços estão uma maior persistência das pressões inflacionárias globais e a incerteza sobre o futuro do arcabouço fiscal do país e políticas fiscais que impliquem sustentação da demanda agregada, que estão apenas parcialmente incorporadas nas expectativas de inflação e nos preços de ativos.
Já entre as possibilidades de baixa, o colegiado ressaltou uma possível reversão, ainda que parcial, do aumento nos preços das commodities internacionais em moeda local. Também citou a possibilidade de ocorrer uma desaceleração da atividade econômica mais acentuada do que a projetada. “Avaliou-se que as medidas tributárias em tramitação reduzem sensivelmente a inflação no ano corrente, embora elevem, em menor magnitude, a inflação no horizonte relevante de política monetária”, enfatizou o colegiado, acrescentando que avalia que a conjuntura particularmente incerta e volátil requer “serenidade na avaliação dos riscos”.