“As exportações foram impulsionadas pelo aumento nos preços em todas as regiões, particularmente no Norte. Sob a ótica de fator agregado, destacam-se os produtos básicos, que alcançaram a maior participação nas pautas do Norte (86%), Nordeste (39%) e Sudeste (50%) em toda a série histórica, com início em 1997”, detalha o documento.
O boxe aponta que as exportações de minério de ferro, concentradas no Norte e Sudeste, registraram de US$ 19 bilhões em relação a 2020, reflexo da forte demanda chinesa e da manutenção em patamar elevado das cotações internacionais. “A valorização da commodity impactou mais intensamente a formação do índice de preços do Norte, repercutindo a elevada representatividade do produto na pauta exportadora (63%).
O Sudeste, por sua vez, registrou evolução mais acentuada nas vendas (US$11 bilhões), alcançando o valor total exportado pelo Norte em 2021″, completa. Da mesma forma, as exportações de óleos brutos de petróleo, concentradas no Sudeste, em especial no Rio de Janeiro, aumentaram US$11 bilhões em relação ao ano anterior.
O BC aponta ainda o desempenho da soja em grão, beneficiada pela elevação nos preços e pela demanda da China, que respondeu pela aquisição de 70% do produto em 2021. “A expansão das exportações repercutiu no resultado comercial de todas as regiões, destacadamente do Centro-Oeste e do Sul, que juntas concentraram 72% das vendas de soja”, acrescenta o boxe. O documento registra ainda a melhora nas exportações de produtos industrializados, com impacto nos resultados comerciais das regiões Sudeste, Sul e Nordeste.
O BC cita também as vendas de produtos semiacabados de ferro e aço, sobretudo destinados aos Estados Unidos. “Nas importações, destacaram-se as compras de medicamentos e produtos farmacêuticos, que incluem vacinas e seus insumos, principalmente pelo Centro-Oeste e Sudeste, além de adubos e fertilizantes, especialmente pelo Sul e Centro-Oeste. Também houve aumento das importações de combustíveis e lubrificantes, mais intensamente pelo Sudeste e Nordeste, notadamente óleos combustíveis (diesel) e gás natural, em parte demandados para abastecimento das usinas termoelétricas, no cenário de escassez hídrica”, conclui o documento.