“Um aumento abrupto dos juros sobrecarregaria as empresas e as famílias, poderia expor vulnerabilidades existentes no sistema financeiro e desencadear fortes flutuações de mercado”, afirmou Nagel, respondendo a preocupações de que o aperto monetário poderia estagnar a recuperação econômica na zona do euro e jogar o bloco de volta ao ambiente de baixa inflação.
Para o dirigente, porém, está claro que a inflação não ficará tão baixa quanto no período antes da pandemia no “futuro previsível”, já que há riscos de médio prazo para os preços, além de elevada incerteza, exacerbada pela guerra na Ucrânia.
Nagel alerta, especificamente, para eventuais efeitos de segunda rodada vindos emprego, já que o desemprego na zona do euro atingiu a menor taxa da história e há crescente escassez de mão de obra. “No entanto, efeitos de segunda rodada também podem surgir do fato de que a atual onda de inflação está fazendo com que as expectativas subam. E quanto mais tempo a inflação alta continuar, mais forte ela ficará”, completou.