“Tivemos que mudar. Apoiamos os heróis nacionais”, afirmou o executivo, em participação durante evento online da consultoria especializada em análise de investimentos Empiricus.
Usado para se referir aos empresários de menor porte, a ideia de “heróis nacionais” serve também como contraposição à política dos “campeões nacionais”, como acabou conhecido o apoio do BNDES à formação de grandes grupos econômicos brasileiros, na esteira da recuperação econômica após a crise internacional de 2008.
Segundo Montezano, durante a crise da covid-19, o BNDES tomou a decisão de apoiar grandes empresas apenas em “casos excepcionais”.
O desenrolar da crise após os primeiros meses de pandemia foi marcado por grandes captações financeiras de grandes companhias no mercado, tanto em ações quanto em títulos de dívida.
“Recursos privados resolvem problemas privados. O mercado de capitais e o setor bancário sustentaram de forma adequada as grandes empresas”, afirmou Montezano, completando que a premissa de direcionar seu foco para as empresas de menor porte continuará na estratégia do BNDES, tendo em vista que essas firmas seguem com dificuldades estruturais de acesso ao crédito.
O presidente do BNDES aproveitou para elogiar a reação do governo Bolsonaro à crise econômica causada pela pandemia. Segundo o executivo, “em termos de economia, empregabilidade, gestão da dívida pública”, o Brasil foi “exemplo mundial” em como lidou com a crise.