Ainda na comparação interanual, houve avanço de 0,9% no primeiro semestre deste ano. Por sua vez, a variação acumulada em 12 meses indicou queda de 0,8%.
“Em meio a um cenário de inflação e juros elevados, também pesa sobre o varejo a competição com o setor de serviços, que parece estar mais acirrada. Nesse período, o impacto tende a ser maior nas categorias que dependem mais do crédito, tanto que, para amenizar isso, alguns prazos estão ficando maiores, mas o risco da operação é maior e, mesmo que as parcelas caibam no bolso do consumidor, o custo deste risco está embutido nelas”, afirma o economista da Boa Vista Flavio Calife, em relatório.
Ele ainda avalia que, assim como em maio, a liberação do FGTS não surtiu o efeito esperado em junho. De acordo com o analista, nesse cenário, o consumidor tende a focar no consumo de itens básicos, como alimentos e combustíveis.
Para a próxima leitura, em julho, porém, o efeito da PEC dos Benefícios já deve surgir como um novo vetor de estímulo à demanda, segundo o relatório. A expectativa da Boa Vista continua de alta para o encerramento do varejo no ano.