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Bolsas da Europa fecham em alta, com BoE, balanços corporativos e indicadores

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Estadão Conteúdos

As bolsas europeias fecharam em alta nesta quinta-feira, marcada pela decisão do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) de manter a taxa básica de juros em 0,10% ao ano, o que contrariou a expectativa do mercado, que esperava pela elevação dos juros básicos no Reino Unido. A postura dovish do BoE vem no dia seguinte ao anúncio do começo do processo de retirada gradual dos estímulos monetários pelo Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano). Balanços trimestrais de empresas europeias e indicadores de economias do Velho Continente também foram acompanhados por investidores.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,41%, aos 483,21 pontos.

Ao contrariar a previsão do mercado e manter os juros em nível historicamente baixo, o BoE adotou postura acomodatícia diante de restrições ao crescimento econômico vindas de desequilíbrios entre oferta e demanda. O presidente do BC britânico, Andrew Bailey, porém, afirmou que uma alta na chamada taxa bancária será necessária em breve para conter o avanço inflacionário no país.

Bailey advertiu, no entanto, contra expectativas dos mercados por uma elevação agressiva dos juros que poderia “derrubar os preços para nível abaixo da meta de 2% ao ano”. De qualquer forma, segundo o ING, o BoE não deixou dúvidas de que elevará os juros no Reino Unido em breve, provavelmente na próxima reunião do Comitê de Política Monetária em dezembro.

Com a decisão do BoE, o índice londrino FTSE 100 fechou em alta de 0,43%, aos 7.279,91 pontos. Ações de bancos registraram as maiores quedas do índice, também repercutindo a decisão, com destaques para NatWest (-5,38%), Lloyds (-4,26%) e Barclays (-3,79%).

Se o BoE surpreendeu os mercados, o Fed confirmou as expectativas ao decidir por iniciar o tapering de suas compras mensais de bônus na quarta. Apesar disso, comentários considerados dovish do presidente do BC americano, Jerome Powell, durante coletiva de imprensa, deram apoio ao mercado acionário.

No noticiário corporativo, a ação do Commerzbank subiu 1,40% na Alemanha após o banco lucrar acima do esperado no terceiro trimestre de 2021, assim como o francês Société Generale, que terminou o pregão com ganhos de 1,04% e ajudou o índice parisiense CAC 40 a subir 0,53%, aos 6.987,79 pontos.

Já o Credit Suisse despencou 4,99% na bolsa de Zurique, apesar de também ter registrado lucro melhor que o esperado no trimestre passado. Por fim, a Telefónica recuou 2,44%, após sua receita no período diminuir em comparação com o mesmo trimestre de 2020. O índice madrilenho IBEX 35 fechou o dia em alta de 0,10%, aos 9.039,40 pontos.

Indicadores econômicos também foram acompanhados por investidores europeus. O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da zona do euro subiu 16% em setembro no confronto anual, enquanto o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto, que engloba serviços e indústria, caiu a 54,2 em outubro.

As encomendas à indústria alemã, por outro lado, subiram 1,3% entre agosto e setembro, mas abaixo da previsão de alta de 2%. O índice DAX, da bolsa de Frankfurt, encerrou o pregão em alta de 0,44%, aos 16.029,65 pontos.

Entre outros índices acionários, o FTSE MIB, de Milão, subiu 0,63%, aos 27.522,05 pontos, enquanto o PSI 20, de Lisboa, avançou 0,18%, aos 5.702,84 pontos.