O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,85%, em 389,15 pontos.
Na região, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da Alemanha avançou 1,9% em setembro ante agosto, com alta de 10,0% na comparação anual. Os dados confirmados hoje vieram em linha com o esperado, e a força da inflação na zona do euro mantém a expectativa de mais altas nos juros pelo Banco Central Europeu (BCE). Dirigente do BCE, Peter Wunsch disse que não ficaria surpreso se os juros na região ultrapassassem “em algum momento” a barreira dos 3%. Ele vê os juros acima de 2% até o fim deste ano.
Os preços de energia continuam como fator importante para a inflação no continente. Em relatório a clientes, a Eurasia diz que a União Europeia deve se concentrar em compras conjuntas de gás para tentar conter isso, mas avalia que um consenso sobre um teto nos preço ainda parece difícil, por temores sobre a segurança da oferta.
Nos EUA, o CPI de setembro trouxe números acima do esperado e reforçou apostas no mercado de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) elevará os juros em 75 pontos-base em sua próxima reunião, no início de novembro. O ING espera “ao menos” esse nível, com uma alta de 50 pontos-base em dezembro.
Já no Reino Unido, prossegue o foco sobre o plano fiscal do governo e as medidas do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) para comprar gilts, a fim de evitar disfunções em alguns segmentos do mercado local. O BoE tem enfatizado que o programa, como já antes informado, acaba nesta sexta-feira, enquanto alguns especulavam sobre sua eventual extensão.
Questionado nesta terça, o ministro das Finanças britânico que a questão cabe ao presidente do BoE, Andrew Bailey. Na avaliação da Capital Economics, pode se materializar um cenário em que os bancos centrais vejam suas políticas restringidas pelo quadro fiscal, por exemplo com mudanças nos planos para aperto quantitativo (QT, na sigla em inglês). A consultoria avalia como mais provável esse cenário se concretizar no próprio Reino Unido e também na zona do euro.
Na Bolsa de Londres, o índice FTSE 100 fechou em alta de 0,35%, em 6.850,27 pontos.
Em Frankfurt, o DAX subiu 1,51%, a 12.355,58 pontos.
Na Bolsa de Paris, o índice CAC 40 registrou ganho de 1,04%, a 5.879,19 pontos.
O índice FTSE MIB, da Bolsa de Milão, avançou 1,56%, a 20.785,82 pontos.
Em Madri, o índice IBEX 35 fechou em alta de 1,23%, em 7.350,70 pontos.
Já na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 subiu 1,23%, a 5.253,96 pontos.