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Bolsas da Europa fecham em baixa, com investidores acompanhando Rússia e Ucrânia

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Estadão Conteúdos

As bolsas da Europa fecharam em queda nesta segunda-feira, 28, várias delas com perdas próximas de 1%, em sessão na qual os investidores seguiram acompanhando o conflito bélico entre Rússia e Ucrânia e também novas sanções contra Moscou. Hoje, representantes das duas nações se encontraram na fronteira ucraniana com Belarus para discutir uma possível resolução diplomática da crise. No entanto, enquanto a Ucrânia enviou seu ministro da Defesa e outros altos funcionários para a reunião, a delegação russa foi liderada pelo conselheiro do presidente russo Vladimir Putin para a Cultura – um enviado improvável para o fim da guerra e um sinal de como Moscou vê as negociações.

O índice Stoxx 600, que reúne as principais ações da região, encerrou a sessão em baixa de 0,09%, a 453,11 pontos.

O mercado acompanha notícias de que Putin colocou em alerta máximo as forças nucleares russas, o que em tese permitiria um lançamento mais rápido dos mísseis. A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, afirmou que o processo é parte de um padrão de ameaças fabricadas pelo líder para justificar mais agressões.

Neste fim de semana e hoje, os americanos e seus países aliados impuseram mais sanções contra a economia da Rússia. Estados Unidos, União Europeia (UE) e Reino Unido concordaram em expulsar bancos russos do sistema financeiro global Swift, além de aplicar bloqueios ao Banco Central do país, medida que foi seguida nesta manhã por Japão e Canadá. Ainda, os governos da França e da Suíça informaram hoje que estão se preparando para confiscar bens de autoridades e líderes empresariais russos que estão sendo alvo de sanções da UE.

Em resposta à crise interna que começa a se instaurar com as sanções, o BC russo elevou a taxa básica de juro de 9,5% a 20% ao ano e aplicou controles de capital, de forma a conter a depreciação do rublo – moeda local – e a inflação. Com isso, a bolsa de Moscou não operou nesta segunda-feira, conforme informado pela entidade.

E, para discutir o conflito no Leste Europeu, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) se reúne em reunião emergencial nesta tarde. Primeiro a falar, o embaixador da Ucrânia na ONU, Sergiy Kyslytsya, destacou que seu país “está vivendo uma guerra provocada pela Rússia, por uma pessoa que está escondida em um bunker. E sabemos o que aconteceu em maio de 1945 com a pessoa que comandou a guerra em um bunker em Berlim”. Já o secretário-geral da ONU, António Guterres, reforçou que a violência na Ucrânia precisa parar agora. “A tragédia na Ucrânia pode se espalhar para áreas além do país”.

Em Londres, o FTSE 100 recuou 0,42%, para 7.458,25 pontos, enquanto, em Frankfurt, o DAX cedeu 0,73%, a 14.461,02 pontos. No mercado britânico, a ação da BP tombou 3,95%, após a companhia anunciar ontem que sairá de sua participação de quase 20% na petrolífera russa Rosneft. Com esse movimento, o impacto financeiro para a BP pode chegar a US$ 25 bilhões, dependendo do que a empresa possa recuperar com a venda da participação da Rosneft, avaliada em US$ 14 bilhões no final do ano, segundo a empresa.

O FTSE MIB, de Milão, perdeu 1,39%, fechando em 25.415,89 pontos. O CAC 40, de Paris, caiu também 1,39%, a 6.658,83 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 foi na contramão da maioria e subiu 1,24%, a 5.563,14 pontos, com a ação da EDP em alta de 3,98% e EDP Renováveis, de 9,15%. O Ibex 35, de Madri, por sua vez, registrou baixa de 0,09%, a 8.479,20 pontos.

(*COM INFORMAÇÕES DO DOW JONES NEWSWIRES)