Notícias

Notícias

Bolsas da Europa fecham em baixa, com recorde de CPI e plano fiscal britânico

Por
Estadão Conteúdos

As bolsas da Europa fecharam em baixa, em sessão marcada pela publicação do índice de preços ao consumidor (CPI) da zona do euro, que atingiu níveis recordes, e do anúncio do novo plano fiscal do Reino Unido. No radar de investidores também estiveram as falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

Em Londres, o FTSE 100, fechou em queda de 0,06%, a 7.346,54 pontos; o CAC 40, em Paris, caiu 0,47%, a 6.576,12 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em baixa de 0,78%, a 24.339,67 pontos.

Já em Madri, o índice Ibex 35 caiu 0,81%, a 8.035,50 pontos. Na contramão, o índice DAX, em Frankfurt, fechou em alta 0,23%, a 6.576,12 pontos.

Por fim, na bolsa de Lisboa, o PSI 20 caiu 1,02%%, a 5.738,45 pontos. As cotações são preliminares.

Nesta quinta, a agência de estatísticas da União Europeia (UE) publicou que o índice de preços ao consumidor (CPI) da zona do euro avançou 10,6% na comparação anual de outubro de 2022, um recorde histórico.

Segundo a Capital Economics, os dados confirmam a amplitude das pressões sobre os preços, o que sinaliza cautela aos investidores. Já a Oxford Economics destaca que a desagregação por país pode oferecer esperança a alguns, com as taxas inflacionárias anuais caindo em oito países da zona do euro, como a Espanha, apesar de aumentos acentuados em outras nações, como França e especialmente Itália.

Outro driver do mercado europeu foi o anúncio do ministro de Finanças do Reino Unido, Jeremy Hunt, sobre o novo plano fiscal do governo do primeiro-ministro Rishi Sunak.

Segundo a Capital Economics, o plano foi o suficiente para satisfazer os mercados financeiros, como também de “limitar o tamanho da recessão que provavelmente já começou”. Hunt ainda elogiou o “excepcional” trabalho do Banco da Inglaterra (BoE) e reiterou seu apoio à entidade no combate à inflação no país.

Na esteira de Wall Street, o mercado também operou com falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed) no radar.

Nesta quinta, o presidente do Federal Reserve de St. Louis, James Bullard, destacou que uma política menos agressiva requer mais alta de juros.

Já a presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, destacou que é necessário olhar para onde os riscos estão, principalmente com eles sendo causados pelas incertezas econômicas.