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Bolsas da Europa fecham em baixa, pressionadas por China e EUA

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Estadão Conteúdos

As bolsas europeias fecharam em baixa no primeiro pregão da semana, pressionadas diante de sinais de desaceleração da economia global vindo das duas principais potências mundiais: China e Estados Unidos. O Produto Interno Bruto (PIB) chinês avançou menos que o esperado no terceiro trimestre, enquanto a produção industrial americana registrou recuo inesperado entre agosto e setembro. Neste contexto, o índice pan-europeu Stoxx 600 teve baixa de 0,50%, aos 467,04 pontos.

O PIB chinês avançou 4,9% no terceiro trimestre, ante o mesmo período de 2020, e subiu apenas 0,2% em relação aos três meses anteriores. O resultado abaixo o esperado fez com que diversas instituições rebaixassem suas previsões para o crescimento da principal economia asiática, elevando os temores de desaceleração da recuperação global.

Além do PIB, a produção industrial e os investimentos em ativos fixos também decepcionaram. Enquanto o primeiro avançou 3,1%, ante alta esperada de 3,8%, o segundo acumulou ganhos de 7,3% entre janeiro e setembro em relação ao mesmo período do ano passado. Neste caso, a projeção era de alta de 7,9%. As vendas no varejo, por outro lado, subiram acima da expectativa.

Sinais de desaceleração vieram também dos EUA, onde a produção industrial recuou 1,3% entre agosto e setembro, contrariando a previsão de alta de 0,2% no período.

Em Londres, o índice FTSE 100 recuou 0,42%, aos 7.203,83 pontos. A maior baixa do dia ficou por conta da AIG, que recuou 3,94% ante o temor de que a pandemia de covid-19 siga restringindo as viagens para o Reino Unido. No domingo, o país registrou 45.140 novos casos da doença, maior número diário desde 20 de julho, segundo dados governamentais.

Também ficou no foco dos investidores comentários do presidente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Andrew Bailey, que afirmou que a entidade deve reagir caso haja risco para a inflação do Reino Unido no médio prazo. Com base nisso, o Goldman Sachs passou a estimar alta dos juros no país em novembro ou dezembro, em linha com a expectativa dos operadores.

Na Alemanha, o setor automotivo liderou as perdas, com destaque para a Porsche (-3,37%), Volkswagen (-3,18%) e Daimler (-2,03%). Enquanto isso, na França, a Renault marcou baixa de 1,87%, e a Stellantis recuou 1,82% na Itália, maior baixa do índice FTSE MIB de Milão, que cedeu 0,83, aos 26.268,62 pontos.

Investidores temem que a crise energética na China prejudique ainda mais as cadeias globais de suprimentos, afetando ainda mais a já apertada produção de veículos em todo o mundo.

O índice DAX, da bolsa de Frankfurt, recuou 0,72%, aos 15.474,47 pontos, enquanto o CAC 40, de Paris, caiu 0,81%, aos 6.673,10 pontos.

Entre outros índices acionários, o IBEX 35, de Madri, fechou em baixa de 0,68%, aos 8.936,00 pontos, e o PSI 20, de Lisboa, recuou 0,70%, aos 5.619,21 pontos.