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Bolsas da Europa fecham sem sinal único, com inflação, balanços e guerra no radar

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Estadão Conteúdos

Os mercados acionários da Europa fecharam sem sinal único, nesta quarta-feira. Investidores estiveram atentos a sinais da inflação, com expectativa também por balanços corporativos, enquanto a guerra na Ucrânia seguiu em foco.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,03%, em 456,78 pontos.

No Reino Unido, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do país subiu 7,0% em março, na comparação anual, acima da previsão de alta de 6,7% dos analistas. O resultado é o mais forte desde 1992. O ING destacou em comunicado a surpresa para cima da inflação no país, que para o banco holandês dificulta mais a tarefa dos dirigentes do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), atentos à trajetória dos preços, mas também à deterioração do quadro no crescimento local.

A Capital Economics acredita que a inflação do Reino Unido ficará acima de 7% na maior parte de 2022 e acima de 3,0% na maioria de 2023, o que para a consultoria levará o BoE a elevar os juros mais do que o banco central espera atualmente.

Em evento nesta quarta, a secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, mencionou o risco de recessão na Europa, no quadro atual, com a guerra na Ucrânia, sanções contra a Rússia e seus impactos. Yellen também destacou a força global da inflação, em parte por causa do conflito.

Nos mercados europeus, investidores também se posicionavam para a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), nesta quinta-feira. Além disso, a temporada de balanços nos EUA recebe atenção, por suas sinalizações para o quadro econômico no país e no mundo.

O conflito na Ucrânia e seus impactos seguem como tema importante. Nesta quarta, a União Europeia aprovou mais verba para ajudar o país a se defender, totalizando já 1,5 bilhão de euros em auxílio do bloco para o país. Os EUA também preparam novo pacote de ajuda aos ucranianos.

Na Bolsa de Londres, o índice FTSE 100 fechou com ganho de 0,05%, em 7.580,80 pontos. A petroleira BP subiu 0,35% e, entre os bancos, Barclays avançou 0,70% e Lloyds, 0,05%.

Em Frankfurt, o índice DAX recuou 0,34%, a 14.076,44 pontos. Entre os papéis mais negociados, Deutsche Bank avançou 0,81% e Deutsche Telekom, 1,43%, mas E.ON recuou 1,32%. Commerzbank terminou em alta de 0,41%

O índice CAC 40, da Bolsa de Paris, subiu 0,07%, a 6.542,14 pontos. TotalEnergies avançou 1,21%, no setor de energia, e Crédit Agricole ganhou 0,43%.

Na Bolsa de Milão, o índice FTSE MIB registrou alta de 0,22%, a 24.722,16 pontos, encerrando na máxima do dia. Telecom Itália foi o papel mais negociado, em alta de 3,00%.

Em Madri, o índice Ibex 35 subiu 0,46%, a 8.617,80 pontos. Santander teve baixa de 0,30% e BBVA, de 0,33%, mas Dia subiu 2,33% e Repsol, 2,27%.

Na Bolsa de Lisboa, o índice PSI 20 fechou em baixa de 0,26%, a 6.081,74 pontos.