No fechamento, o Dow Jones caiu 0,17%, a 34.580,08 pontos, o S&P 500 recuou 0,85%, a 4.538,43 pontos, e o Nasdaq teve perda de 1,92%, a 15.085,47 pontos. Na semana, houve queda de 0,91%, 1,22% e 2,62%, respectivamente.
Apesar da criação decepcionante de 210 mil empregos nos EUA, quando a estimativa era de abertura de 573 mil vagas, o payroll de novembro mostrou sinais positivos em outras partes do relatório, segundo o Commerzbank. O banco alemão destaca a revisão de alta de 82 mil vagas no dado de outubro, “o que sugere que o número do mês passado pode ter sido maior”, e o aumento no número de horas trabalhadas, indicando dificuldade das empresas em contratar.
“As ações caíram depois de um relatório de emprego fraco e os traders permanecem em alerta sobre a incerteza com a variante Ômicron”, aponta Edward Moya, analista da Oanda, que projeta que as próximas semanas permanecerão voláteis, visto que o foco recai sobre o relatório de inflação, a reunião do Fed de 15 de dezembro e mais clareza sobre o impacto com a Ômicron. O quadro pandêmico pesou mais uma vez em aéreas, com a American Airlines caindo 4,59%.
Na visão do Rabobank, “a corrida de EUA e China para impedir as listagens offshore de empresas chinesas continua acelerada – com Didi assumindo a liderança em um retorno para Hong Kong”. O banco lembra que Pequim está alertando empresas americanas ligadas à China de que elas não podem “fazer fortuna em silêncio”, com o vice-ministro das Relações Exteriores Xie Feng dizendo-lhes para empurrar a Casa Branca em direção a uma política chinesa “racional” e acabar com os conflitos “ideológicos”.
Neste cenário, as ações da Didi em Nova York despencaram 22,18%, e as da Tencent caíram 4,79%. Com negócios avançando nos últimos meses na China, a Tesla teve queda de 6,72%. Destaque ainda para a Nvidia, que caiu 4,46% com uma potencial proibição da compra por US$ 40 bilhões da designer de chips Arm, em virtude de temores por competição nos EUA.