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Bolsas de NY fecham em queda, com Fed, dados e balanços no radar

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Estadão Conteúdos

Os mercados acionários de Nova York fecharam em baixa, nesta sexta-feira. A abertura foi positiva, com investidores avaliando balanços corporativos, mas o fôlego foi curto, com indicadores dos Estados Unidos e declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) reforçando a expectativa de mais altas de juros, o que tende a ser negativo para as ações em geral.

O índice Dow Jones fechou em queda de 1,34%, em 29.634,83 pontos, o S&P 500 caiu 2,37%, a 3.583,07 pontos, e o Nasdaq recuou 3,08%, a 10.321,39 pontos. Na comparação semanal, o Dow Jones avançou 1,15%, o S&P 500 recuou 1,55% e o Nasdaq teve baixa de 3,11%.

O índice de sentimento do consumidor nos EUA subiu de 58,6 em setembro a 59,8 na preliminar de outubro, segundo a Universidade de Michigan. O resultado superou a previsão de 59 dos analistas consultados pelo Wall Street Journal. Além disso, a pesquisa também mostrou avanço nas expectativas para a inflação, no intervalo em um ano de 4,7% em setembro a 5,1% na prévia de outubro.

Após o dado, as bolsas de Nova York perderam fôlego. Entre dirigentes do Fed, Mary Daly (São Francisco) reafirmou o compromisso com altas de juros para conter a inflação, e Esther George (Kansas City) falou em linha similar.

Nesse contexto, o mercado acionário piorou ao longo da tarde. Entre algumas ações importantes, Apple caiu 3,21%, Meta recuou 2,71% e Amazon, 5,00%. Alphabet registrou baixa de 2,52% e Microsoft, de 2,42%. Entre as petroleiras, Chevron caiu 3,11% e ExxonMobil, 2,63%. Na contramão da maioria, Boeing subiu 0,57%.

Entre companhias que publicaram balanços nesta sexta, entre os bancos, Citigroup subiu 0,65%, JPMorgan teve alta de 1,66% e Morgan Stanley, na contramão, caiu 5,07% após resultados que decepcionaram o mercado. UnitedHealth, por sua vez, subiu 0,96% depois de seu balanço, que superou a expectativa.

O Julius Baer ainda comenta, em texto a clientes, que na quinta-feira fatores técnicos influíram no mercado acionário americano. O dado acima do previsto da inflação ao consumidor provocou volatilidade na quinta, com uma grande virada no humor e alta forte no fim do dia. O Julius Baer comenta podem ter influído fatores como um apoio técnico aos índices ou ajustes de posições, entre outros. Segundo ele, seja quais forem as razões, a movimentação das bolsas de Nova York provou que fatores técnicos podem dominar mercados no curto prazo, portanto investidores devem estar atentos para não serem tragados por essas movimentações.