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Bolsonaro cita nova reunião com presidente da Petrobras para debater combustíveis

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Estadão Conteúdos

O presidente Jair Bolsonaro disse há pouco que teve uma nova reunião, nesta quinta-feira, 7, com o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, e com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, para combater a alta dos combustíveis. “Somos unânimes, todo mundo quer que diminua”, declarou, em evento no Palácio do Planalto para assinatura de alterações em normas trabalhistas. “Quem não quer diminuir o preço das coisas no Brasil?”, questionou.

Com apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o governo negocia com o Congresso projeto para alterar a tributação do ICMS sobre os combustíveis, para tentar conter a alta do produto, um dis vilões da inflação. A proposta, contudo, tem a resistência de governadores. Outra ideia seria criar um fundo de estabilização dos preços.

Bolsonaro voltou a reconhecer a escalada inflacionária no País, bem como a crise hídrica, o alto valor dos combustíveis e do gás de cozinha. “Não estou tirando meu corpo fora, mas estou mostrando a realidade”, disse o presidente, após, mais uma vez, jogar a culpa do fenômeno em impostos e na proibição da venda direta do gás de cozinha. “É tudo monopólio. Mas é fácil lutar contra monopólio? Não é”, declarou. “Caminhoneiros chiam com razão”, acrescentou, sobre o valor do combustível.

O chefe do Executivo também garantiu que “ninguém quer furar o teto” de gastos e alertou para impactos da política no mercado financeiro. “Quando atacam o governo, todos perdemos, mexe na bolsa, no dólar, tudo fica mais caro”, disse, sem considerar o impacto direto de suas próprias declarações sobre os ativos.

Semanas após dizer que as fake news não deveriam ser regulamentadas, o presidente ainda afirmou nesta tarde que notícia falsa é aquilo que contraria a imprensa ou o G7 da CPI – o grupo de senadores não governistas da comissão parlamentar de inquérito da Covid. “Se eu tivesse oferecido o ministério do Queiroga para o pessoal de lá da CPI, estava tudo resolvido, iriam comprar vacina sem certificação da Anvisa”, declarou, ainda.

O governo chegou a empenhar 1,6 bilhão para comprar a Covaxin, imunizante contra o coronavírus sem aprovação da agência de vigilância sanitária. O contrato só foi cancelado após a CPI expor suspeitas de irregularidades, hoje em apuração.