Como mostrou o Broadcast Político, o governo usa a ameaça de instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras para pressionar por mudanças na Lei das Estatais que ampliem a ingerência política em empresas públicas e afrouxe restrições a indicações de partidos.
Em seu discurso, Bolsonaro ainda estimou que, nos próximos dois meses, haverá queda de “mais um dígito” na taxa de desemprego. Ele se referia a um recuo de mais um ponto porcentual. “Especialistas diziam que a economia, no tocante à taxa de desempregados no Brasil, só começaria a apresentar resultado a partir de 2023. Segundo o IBGE, atingimos 9,4% de desempregados”, afirmou o presidente, citando números divulgados na última sexta-feira.
O chefe do Executivo também confirmou a ligação telefônica que teve durante a manhã com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, antecipada pela reportagem. “Tratamos de segurança alimentar e energética”, declarou o presidente. “Teremos grande batalha nos próximos meses, bem contra o mal”, acrescentou, em referência às eleições, em que enfrenta o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), hoje líder das pesquisas de intenção de voto.
Na cerimônia, o governo apresentou os novos modelos de identidade e passaporte. A Carteira de Identidade Nacional (CIN) traz um QR Code e será emitida em todo o País a partir de 4 de agosto. A substituição do documento atual, que vale até 2032, será paulatina. Já o novo passaporte será temático. Elaborado com mais tecnologia antifraude, o modelo quer “homenagear todas as regiões do Brasil por meio de ícones representativos dos biomas e da cultura de cada local”, explica o governo, em nota.
‘Boas notícias de fora’
Neste mesmo evento, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o Brasil terá “boas notícias” nas próximas duas semanas relacionadas à melhoria do ambiente de negócios no País. “Teremos boas notícias lá de fora. Brasil tem avançado nas classificações”, disse.
Guedes citou ainda a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) sobre combustíveis e disse que ela auxiliará o governo no combate à crise econômica. “Estamos à frente de outros países no fiscal e na política monetária. Vamos atravessar as turbulências e sair antes deles”, completou.