O número da última linha do balanço foi comprometido por efeitos contábeis relacionados à venda do portfólio em julho. Entre eles, R$ 554,8 milhões em baixa do intangível e o desconto sobre o valor de avaliação das propriedades da ordem de R$ 964,7 milhões, além de R$ 426,1 milhões da reversão de impostos diferidos das propriedades.
Na parte operacional do balanço, a receita líquida da companhia subiu 25%, para R$ 98 milhões, enquanto a geração de caixa medida pelo Ebitda – o lucro sem os descontos das despesas financeiras, impostos, depreciação e amortização – avançou 22%, chegando no trimestre a R$ 67,4 milhões, em valor ajustado.
A BR Properties informou em seu balanço que, dada a qualidade de crédito de sua base de locatários, seguiu com níveis “baixíssimos” de inadimplência no portfólio: 0,5% no segundo trimestre. Não fossem os efeitos contábeis, sem efeito no caixa, e não recorrentes do período, a companhia diz que teria apresentado lucro líquido ajustado de R$ 3,7 milhões.
Contra o segundo trimestre de 2021, o valor do aluguel médio por metro quadrado das propriedades da empresa, considerando contratos correntes e novas locações, teve aumento de 9,8%. Já a taxa de vacância física – total da área bruta locável do portfólio que esteve vaga – foi de 24,9%, abaixo dos 30,5% do mesmo trimestre do ano passado.