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Busca por crédito sobe nos EUA, apesar de alta no juro

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Estadão Conteúdos

Os americanos mais ricos aumentaram os empréstimos no primeiro semestre, apesar da alta nos juros e da queda no mercado de ações que afetou a economia do país.

O Morgan Stanley e o Bank of America registraram crescimento de empréstimos de dois dígitos no segundo trimestre. A alta veio de clientes endinheirados contratando hipotecas e empréstimos garantidos por ativos como carteiras de ações e títulos.

O aumento é outro sinal de que consumidores dos EUA – neste caso, um subconjunto mais rico – não se preparam para uma recessão. Em teleconferências de resultados no início do mês, líderes dos maiores bancos dos EUA informaram que seus clientes estão gastando em ritmo saudável e mantendo pagamentos de dívidas.

Os ricos estão usando suas linhas de crédito lastreadas em títulos para adquirir ativos que parecem baratos nos mercados turbulentos de hoje, disse Mike Kosnitzky, codiretor da prática de patrimônio privado do escritório de advocacia Pillsbury Winthrop Shaw Pittman LLP. “Volatilidade e declínio do mercado ajudam os ricos a ganhar dinheiro”, disse. “Este é um tempo de compra.”

Famílias ricas aproveitaram mais de uma década de juros baixíssimas para obter dívidas baratas. Os empréstimos forneciam fluxo de dinheiro que lhes permitia evitar a venda de ativos e a necessidade de pagamento de grandes impostos.

O aumento das taxas de juros e o declínio do mercado de ações significam que os bancos estão oferecendo termos menos generosos nos dias de hoje. Mas os empréstimos ainda são mais baratos do que um banco cobraria em um cartão de crédito, por exemplo. As taxas atuais de empréstimos garantidos por títulos estão geralmente entre 3,75% e 5,75%. Clientes mais ricos podem oferecer mais ativos como garantia e conseguem taxas ainda mais baixas. Fonte: Dow Jones Newswires.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.