Segundo o diretor de Fiscalização do BC, Paulo Souza, a lei já permite algumas flexibilizações demandadas pelo setor, como questões de recursos de municípios e o conservadorismo em regras de capital. “Parece que foi ontem que entregamos o projeto (2020), passamos pela pior crise da história e o cooperativismo deu um show. Mesmo sem o marco, desde o início dessa experiência, a participação do cooperativismo no crédito, avançou 30%.”
No evento, Campos Neto destacou que o cooperativismo vem ganhando relevância na oferta de crédito para pessoas físicas e micro, pequenas e médias empresas.
Ele citou dados de junho e ressaltou que, em 12 meses, o crescimento da carteira nacional de crédito cooperativo cresceu 29%, superior ao avanço do sistema financeiro como um todo, de 17%. “Temos constatado de forma recorrente que crescimento do setor ocorre acima de outros segmentos. Fizemos medidas importantes para que a cooperativa tivesse acesso à captação”, disse. “E o mais importante é que esse crescimento se dá de forma consistente e estruturada, com educação e inclusão financeira”, completou.
O presidente do BC ainda afirmou que a autarquia atuou pela aprovação do novo marco legal do cooperativismo, promulgado recentemente e que a lei faz parte do esforço do órgão para o desenvolvimento do setor.
Em sua avaliação, a nova legislação também contribui para que o sistema esteja pronto para as transformações no ambiente financeiro, com mais competição e inovação. “A promulgação representa um passo importante na trajetória de sucesso do cooperativismo”, considerou. “Esperamos uma significativa ampliação das atividades do cooperativismo de crédito”, acrescentou.