“Sem saúde, não haverá recuperação econômica sustentável”, sustenta a Cepal.
Bárcena enfatizou a importância de se acelerar a vacinação e que se supere o quadro de falências iniciais causadas pela pandemia. Ela ressaltou o papel “essencial do Estado”, nesse contexto, por exemplo na compra de vacinas e organização da resposta na saúde e na economia.
A entidade defende que o Estado adote politicas fiscais expansivas no contexto atual, aumentando o investimento público para avançar na recuperação.
A Cepal também ressaltou o peso desproporcional sobre as mulheres, nesse contexto. A entidade afirmou que houve em 2020 na América Latina e no Caribe um retrocesso de 18 anos na participação das mulheres na força de trabalho, com muitas delas sobrecarregadas com tarefas da casa e da criação dos filhos.
“A crise social não mostra sinais de recuperação na América Latina”, reforçou, com a manutenção de níveis elevados de “pobreza, pobreza extrema e desigualdade”.
Bárcena também destacou fragilidades dos sistemas de saúde da região, segundo ela fragmentados, segmentados e com “subfinanciamento crônico”.
A diretora da Opas, por sua vez, também destacou “fragilidades sistêmicas” nos sistemas de saúde e a importância de haver não apenas equipamentos, mas também pessoal qualificado para cuidar de doentes. Carissa Etienne traçou alguns cenário possíveis na pandemia e advertiu para o risco de que mesmo com avanços na vacinação ainda ocorram novos surtos da doença, caso as regras de saúde e higiene eficazes na prevenção de casos da covid-19 não sejam seguidas.