De acordo com o comunicado da instituição, a evolução do cenário macroeconômico aumentou os riscos de que a inflação não convirja para a meta de 3% no horizonte relevante para a política monetária.
“Embora o núcleo da inflação tenha evoluído conforme o esperado, as perspectivas para os próximos meses são crescentes”, diz o documento.
Nesse cenário, o BC chileno decidiu antecipar a retirada do estímulo monetário. O comitê prevê que a taxa de juros atingirá seu nível neutro antes do esperado.
Em setembro, a inflação ao consumidor no país sul-americano atingiu 5,3% no acumulado em 12 meses. “A alta nos últimos meses tem sido transversal entre os diversos itens que compõem a cesta do IPC, respondendo às pressões inflacionárias do lado da demanda e dos custos, além da significativa depreciação do peso.”
O BC chileno diz que a alta nos preços dos combustíveis tem sido “notória” globalmente, com o barril de petróleo acima de US$ 80.
“Nesse cenário, vários bancos centrais têm adotado uma orientação menos expansionista”, afirma a instituição, ao citar mudanças na comunicação do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), além das altas de juros na Noruega e na Nova Zelândia.