O presidente Jair Bolsonaro anunciou que o governo criará um benefício voltado a 750 mil caminhoneiros autônomos, que receberão uma ajuda para compensar o aumento do diesel. O presidente não forneceu detalhes sobre como será o auxílio nem o valor do benefício e a origem dos recursos. O anúncio foi feito no evento de inauguração do Ramal do Agreste, em Sertânia (PE). Fontes apontam que o valor concedido será de R$ 400 por mês.
‘Proposta ridícula’
Na avaliação de Litti, a proposta do governo é “ridícula”. “Mostra o total despreparo com qual é tratada a categoria. É um absurdo pensar que uma categoria de transportador autônomo com todas dificuldades que tem enfrentado possa compreender uma proposta tão insignificante”, disse. Ele também criticou o fato de a medida não ser direcionada às causas da elevação do diesel. “Não é o auxílio que vai resolver o problema da política equivocada de preços da Petrobras para combustíveis. É preciso extirpar o mal que essa política errada está ocasionando”, afirmou o diretor da CNTTL.
Caminhoneiros rodoviários autônomos e celetistas anunciaram estado de greve no último sábado e afirmam que vão paralisar as atividades em 1º de novembro, caso o governo não atenda às reivindicações da categoria. Os pedidos incluem cumprimento do piso mínimo do frete rodoviário, mudança na política de preços da Petrobras para combustíveis e aposentadoria especial a partir de 25 anos de contribuição, entre outros. CNTRC, CNTTL junto com a Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava) estão à frente do movimento. A Abrava informou à reportagem que as reivindicações e a greve estão mantidas.