Por outro lado, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 428,576 milhões no período, ganho de 27,2% na comparação anual. A margem Ebitda passou de 30,5% para 36,4% (alta de 5,9 pontos porcentuais).
O Ebitda recorrente totalizou R$ 401,628 milhões no trimestre, crescimento de 23,9% na mesma base comparativa. A margem Ebitda recorrente foi de 34,1%, com avanço de 4,8 pontos porcentuais.
A receita líquida apresentou alta de 6,4% entre janeiro e março, totalizando R$ 1,176 bilhão, refletindo o resultado positivo de Vasta que supera em R$ 99,7 milhões a receita líquida do mesmo período do ano passado, em função do excelente ciclo comercial performado pela empresa em 2021 e na retomada financeira das escolas privadas K-12 (ensino básico).
A geração de caixa operacional após capex (GCO) somou R$ 178,266 milhões no trimestre, com alta anual de 5,1%. Porém, a Cogna apresentou fluxo de caixa livre negativo em R$ 188,856 milhões, consumo 73,1% menor que no mesmo intervalo de 2021.
A companhia fechou março com dívida líquida de R$ 2,865 bilhões, o que significa uma alavancagem medida por dívida líquida/Ebitda recorrente de 2,15 vezes, leve redução ante as 2,16 vezes do quarto trimestre de 2021.
O CEO da Cogna, Roberto Valério, destaca que a companhia atingiu novamente a marca de 1 milhão de estudantes de ensino superior, e aponta que, apesar do cenário macroeconômico adverso, a empresa conseguirá manter o ritmo de recuperação.
“Ainda trabalhamos com cenário de inflação alta, instabilidade, mas entendemos que, apesar disso, dada a ótima performance de Vasta e a capacidade de absorver a pressão de custos e a queda de receita da Kroton, estamos otimistas que vamos conseguir entregar o nosso orçamento e vamos superar o resultado que tivemos em 2021”, afirma ao Broadcast.
Kroton
A Kroton, divisão de ensino superior da Cogna, fechou o trimestre com total de 1,088 milhão de alunos, avanço de 11,9% em relação ao primeiro trimestre de 2021. Do montante, houve crescimento de 7,5% no volume de alunos de alta presencialidade (100% presencial e EaD premium), para 371.191 alunos, e crescimento de 13,8% na de baixa presencialidade (digital e híbrido), para 657.353. Na pós-graduação, houve alta de 20,3%, totalizando 60.162.
“Estamos contentes com a marca de 1 milhão de alunos. A última vez que conseguimos isso foi em 2015, mas era o auge do Fies, com incentivo diferente, e agora estamos atingindo isso com a qualidade da execução”, afirma Valério.
A taxa de evasão da graduação atingiu 16,3%, com redução anual de 1 ponto porcentual, enquanto a da pós-graduação caiu 0,4 ponto, para 2,7%.
A Kroton teve Ebitda de R$ 221,287 milhões, avanço anual de 79,7%. A receita líquida, no entanto, recuou 4,9%, para R$ 701,796 milhões.
“Todo nosso trabalho de melhoria de adimplência, de ser mais duros na renegociação de rematrícula, para ter certeza de que o aluno não ficará pedalando a dívida para frente, agora está entregando o resultado que nós esperávamos: uma base de alunos com melhor qualidade financeira”, diz o CEO da Cogna.
Vasta
Já a Vasta, que oferece conteúdo para escolas, adicionou 766 novas escolas à sua plataforma em comparação ao ciclo 2021, ultrapassando a marca de 1,6 milhão de alunos utilizando o sistema de ensino. Em relação a soluções complementares, 187 novas escolas foram adicionadas à base de parceiras, crescimento de 30% de alunos frente ao ciclo do ano imediatamente anterior.
A receita líquida do primeiro trimestre apresentou crescimento de 35,5%. A empresa mais que dobrou o Ebitda na comparação anual, somando R$ 133,646 milhões, alta de 137,1%.
“A Vasta está voltando para nosso plano original, quebrado pela pandemia. O crescimento da receita da Cogna foi beneficiado pela Vasta. A Kroton ainda não tem crescimento de receita, mas nossa expectativa é que ela volte a avançar em 2023, após a mudança de mix de alunos ocorrida nos últimos anos”, observa Valério.