De acordo com o presidente e fundador da Cacau Show, Alexandre Costa, a companhia encerrou 2021 com faturamento de R$ 2,9 bilhões. O desempenho é 45% superior ao de 2020 e também representa uma alta de cerca de 20% em relação a 2019, período anterior à pandemia de covid-19.
No início da pandemia, a maior rede de chocolaterias do Brasil precisou pisar no freio em seu projeto de expansão. Em 2020, a marca iniciou a operação de 122 novas lojas – 17 a menos que no ano anterior. Em 2021, no entanto, a chocolateria retomou fôlego e chegou à marca de 2.828 unidades.
“No médio e longo prazo nós queremos ter umas 5 mil lojas em todo o Brasil”, diz o executivo, afirmando que esse número pode até dobrar com a expansão internacional.
O executivo também não descarta uma chegada à B3, a Bolsa paulista. Ele ressalta que os números da Cacau Show já são auditados pela empresa EY (Ernst & Young).
Na opinião do consultor em especializado em varejo Eugênio Foganholo, da Mixxer, o crescimento da Cacau Show é resultado do sistema de franquias bem montado, que conseguiu transformar a marca em uma atração para investidores que pretendem abrir seu negócio próprio.
“Dentro do varejo brasileiro, ela conseguiu desenvolver um conceito de negócio que consegue ser multiplicado facilmente”, afirma. Apesar de ter nascido posteriormente, a Cacau Show hoje é bem maior do que a Kopenhagen, uma de suas principais rivais.
Foganholo destaca ainda o crescimento da receita por unidade da companhia. Segundo o especialista, em 2021, o desempenho médio por unidade foi de R$ 1,02 milhão, ante R$ 860 mil do ano anterior – expansão nominal de quase 20%.
A Cacau Show também apostou em um novo canal de distribuição nos últimos tempos: as vendas de porta a porta. Hoje, a companhia tem cerca de 100 mil revendedoras cadastradas. O segmento representou 12% do faturamento em 2021, superando o e-commerce, que colaborou com 10%.
Nova fábrica
A Cacau Show também inaugurou sua terceira fábrica em Linhares (ES). O espaço, de 47 mil m², foi adquirido após a Coca-Cola desativar uma planta de produção da Matte Leão. A iniciativa tem um olho no projeto de expansão fora do País, pois a proximidade ao porto de Vitória pode facilitar as exportações.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.