Os investidores estrangeiros foram o principal motor da bolsa brasileira em 2022 e em janeiro de 2023, mas em fevereiro o saldo do grupo ficou negativo pela primeira vez desde setembro e, em março, o volume de saídas tem sido ainda mais intenso.
O principal motivo para essa mudança é o cenário externo, onde o setor de tecnologia performou bem este ano e commodities e companhias de valor tiveram um desempenho ruim, além das altas de juros do Federal Reserve e de outros bancos centrais. Questões internas, como o nível elevado dos juros no Brasil, os atritos entre o governo e o Banco Central e a incerteza em torno do novo arcabouço fiscal, também pioram o desempenho da bolsa brasileira.
A gestora francesa Amundi mantém uma perspectiva “cautelosamente otimista” com a reabertura da economia chinesa e com “valuations” razoavelmente atraentes nos mercados emergentes, mas é necessária uma postura seletiva e concentrada em fundamentos no momento.
A China e o Brasil são as principais convicções da Amundi, mas estão menos otimistas com o mercado brasileiro devido à volatilidade política.